2011.9783.9

Iniciativas alemãs de tecnologias do clima: Promoção de tecnologias de biogás para proteção ao clima no Brasil

Diffusion of climate friendly biogas technologies in Brazil
Auftraggeber
Bundesministerium für wirtschaftliche Zusammenarbeit u. Entwicklung
Land
Brasilien
Dauer
Partner
Ministério das Cidades

Contexto

Em sua contribuição nacional determinada, apresentada antes da conferência climática de Paris (COP21) em Dezembro de 2015, o Brasil anunciou que iria expandir o uso de energias renováveis. O objetivo de aumentar a parcela de energias renováveis (além da energia hídrica) no fornecimento de energia elétrica para ao menos 23% até 2030, inclusive pelo aumento da participação de eólica, biomassa e solar foi um grande avanço. De acordo com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), o Brasil pode produzir 100 milhões de metros cúbicos de biometano por dia a partir de resíduos orgânicos. Essa quantidade corresponde ao dobro do gás natural importado em 2014. Apesar do grande potencial, a energia a partir do biogás contribui atualmente com apenas 0,06% da produção de eletricidade no país.

Objetivos

O uso do biogás de várias fontes para a geração de energia está iniciado em grande escala.

Abordagem

Como parte das iniciativas alemãs de tecnologias do clima (DKTI, em alemão), o projeto está aperfeiçoando as condições regulatórias para o uso do biogás para geração de energia elétrica ou para substituição de gás natural ou diesel no Brasil. Encarregado pelo Ministério Federal Alemão para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ, em alemão), a GIZ está trabalhando com o Ministério das Cidades para coordenar os inputs dos atores relevantes da esfera política, do setor público, da indústria e da academia e comunidade científica. O objetivo é utilizar o potencial de biogás como uma fonte renovável e econômica de energia, além de abrir novas oportunidades de mercado. Em uma estreita cooperação com autoridades regulatórias estaduais e federais dos setores de energia e meio ambiente, os parceiros dos projetos estão trabalhando para desenvolver a adaptar as regulações e normas ambientais necessárias para o licenciamento de plantas de biogás e para possibilitar a injeção de energia elétrica gerada a partir do biogás na rede pública e para a injeção de biometano (biogás purificado) nas tubulações de gás natural. Juntamente com universidades e centros de pesquisa alemães e brasileiros, o projeto está estabelecendo uma rede de laboratórios de biogás, que amplia os conhecimentos sobre as tecnologias e substratos adaptados às condições brasileiras.

Além disso, o projeto está trabalhando com parceiros da indústria e com as associações brasileiras de biogás, ABiogás e ABBM, para identificar e promover empresas para a produção e uso do biogás nos setores agrícola e de saneamento. O projeto também desenvolve várias atividades de capacitação, em particular com o foco na geração de biogás a partir do tratamento de esgoto para aumento da eficiência energética nesse setor.

Resultados

  • Nos últimos anos, convites feitos pela agência regulatória ANEEL para apresentação de projetos de geração e energia a partir de biogás abriram o acesso a financiamento de 476 milhões de reais.
  • Entre 2014 e 2016, 15 multiplicadores participaram de um treinamento na Alemanha e no Brasil sobre a geração e biogás no tratamento de esgoto. Esses multiplicadores estão aptos a ministrar cursos em suas próprias instituições de ensino.
  • Em janeiro de 2015, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ANP, publicou uma especificação, que permite a injeção de biometano produzido a partir de resíduos da agropecuária na rede pública de gás natural e o seu uso com combustível veicular.
  • Em 2015, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA, lançou uma rede de 5 laboratórios em diferentes regiões do país. Esses laboratórios estão equipados com tecnologia de medição standard para determinar o potencial de vários substratos para a produção de metano. O objetivo é fornecer dados confiáveis para estudos de viabilidade.
© GIZ
  • Em março de 2016, o Ministério das Cidades incluiu explicitamente o uso do biogás como fonte de energia em seus critérios para aplicação de recursos em projetos de tratamento de esgoto.
  • Em maio de 2016, pela primeira vez um projeto de biogás com capacidade instalada de 21 MW, que usa resíduos agrícolas, ganhou a um preço de R$ 251/MWh em um leilão de energia (A-5). A planta começará a produzir eletricidade a partir de 2021.
  • Em julho de 2016, a ABiogás apresentou uma proposta de um Programa Nacional do Biogás e do Biometano (PNBB) para o Ministro de Minas e Energia.
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