COP30 chega ao fim e cooperação internacional segue essencial para ação climática
GIZ esteve presente na COP30 participando de mais de 100 eventos e reafirmou compromisso de apoiar o Brasil
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) foi encerrada em 22 de novembro, em Belém, após duas semanas de negociações intensas no coração da Amazônia. O processo reforçou que a cooperação internacional permanece fundamental para acelerar a redução de emissões de gases de efeito estufa e para apoiar a sociedade na adaptação aos impactos das mudanças climáticas.
O acordo final, firmado por cerca de 190 países, marcou avanços importantes, especialmente em adaptação, financiamento climático e proteção das florestas tropicais. Entre pontos acordados, destaca-se o compromisso de triplicar o financiamento destinado à adaptação em nações em desenvolvimento até 2035, um passo considerado essencial diante da intensificação de eventos climáticos extremos. Outro ponto relevante foi o lançamento do Tropical Forest Forever Facility (TFFF), um mecanismo dedicado à proteção de mais de um bilhão de hectares de florestas tropicais, com expectativa de mobilizar US$ 25 bilhões de fontes públicas e US$ 100 bilhões do setor privado, incluindo recursos diretamente destinados às comunidades indígenas.
Embora o texto final não traga uma referência explícita à substituição de combustíveis fósseis, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que o tema seguirá na agenda durante o próximo ano, ressaltando o compromisso de avançar em rotas que conduzam a uma economia de baixo carbono e ao desmatamento zero.
“A resposta do Brasil no combate às mudanças climáticas, com iniciativas voluntárias para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis e conter o desmatamento, é um passo positivo. A Alemanha apoiará essas iniciativas.”, Carsten Schneider, Ministro do Federal Ministry for the Environment, Climate Action, Nature Conservation and Nuclear Safety (BMUKN)
A GIZ esteve presente na COP30 participando de mais de 100 eventos e reafirmou seu compromisso de apoiar o Brasil nesse esforço. Para Jörg Linke, chefe do Centro de Competência para Mudanças Climáticas da GIZ: “A COP é muito mais do que apenas mais uma conferência, é um espaço essencial onde governos, academia, sociedade civil e setor privado se reúnem para moldar o futuro do nosso planeta. A GIZ contribui com experiência técnica e conhecimento local e é reconhecida internacionalmente como um parceiro forte.”
Atualmente, aproximadamente um terço do portfólio está voltado para o setor climático, com projetos que apoiam os países a construir economias neutras em carbono e a proteger as comunidades mais vulneráveis ao aumento das temperaturas. A atuação conjunta com parceiros brasileiros segue essencial para proteger comunidades vulneráveis e avançar na agenda climática global.
Junto a parceiros do campo político, empresarial e da academia, a GIZ lançou durante a conferência a Global Initiative on Jobs & Skills for the New Economy, com destaque para um estudo que revela como a transição industrial verde pode gerar milhões de empregos ao unir inovação, sustentabilidade e inclusão social. A análise apresenta também um estudo de caso do Brasil, indicando que, segundo as projeções, o país pode criar até 7 milhões de empregos verdes até 2030, especialmente nos setores de energia renovável, agricultura e construção.